terça-feira, 3 de março de 2009

Vila Sésamo - Garibaldo era uma galinha ou um pato?


Não importa, pois o mais importante é que o personagem atrapalhado e engraçado que Laerte Morrone viveu no programa "Vila Sésamo" (Rede Globo – 1972/1977) foi o mais adorado pelas crianças. Ele vivia brigando com o boneco Gugu, aquele que não saia de dentro e um barril.
Todos viviam numa vila operária, cercados de crianças e adultos e com os bonecos maravilhosos que foram criados por Naum Alves de Souza.

Os adultos, não eram chatos, mas viviam brigando e exigindo da garotada o cumprimento de seus deveres. Dos adultos o mais simpático era a Gabriela, da Aracy Balabaniam, casada com o mecânico Juca (Armando Bógus), que funcionavam como uma figura de mãe e pai da molecada da Vila. Enquanto a professorinha Ana Maria (Sônia Braga, em seu primeiro papel na TV) namorava Antônio (Flávio Galvão).

A equipe ensaiava diversas situações sugeridas por uma equipe de psicólogos e só depois convidava crianças de escolas públicas para participar do programa. Foram 150 episódios com 52 minutos de duração. As mensagens repetiam a filosofia dos comerciais: "se você não entendeu agora, não tem importância, pois essa mensagem será repetida". Balabanian comentou, na época, que viu muita gente aprender a ler e a escrever acompanhando a "Vila Sésamo".

Vocês lembram-se da musiquinha que dava início ao programa infantil?

Vamos lá:
"Todo dia é dia, toda hora é hora, de saber que esse mundo é seu.
Se você for amigo e companheiro, com alegria e imaginação.
Vivendo e sorrindo, criando e rindo, você será feliz e todos serão também".

Lembraram?
Era uma co-produção da TV Globo com a TV Cultura de São Paulo. Foi uma adaptação da série americana "Sésamo Street". A série original foi criada pela Childrens Television Workshop para tirar as crianças das ruas e proteger os guetos nova-iorquinos.

O programa funcionava como um jardim de infância para ensinar as crianças, principalmente às carentes, hábitos de higiene, noções de matemática, língua portuguesa, meio ambiente e vida natural.

Porém, nem tudo eram brigadeiros e empadinhas. Os pobres dos atores, como sempre acontece nos anos de repressão, eram obrigados a gravar diante de um censor imposto pelo governo.
Apesar de ter sido exibido numa época de regime militar no Brasil, ele conseguiu driblar a censura e chegar à realidade brasileira com muita tranqüilidade e grande sucesso. Como seria este programa nos dias de hoje?

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