segunda-feira, 8 de junho de 2009

Foi-se o tempo

Dia desses, recebemos um e-mail, no mínimo, inescrupuloso. Este e-mail carregava um conteúdo injusto e machista. Ainda bem que tudo isso que vem a seguir faz parte do passado, coisas que aconteciam há décadas. Infelizmente nós não podemos dizer o nome da pessoa que nos enviou este e-mail, para resguardar sua integridade.

Vejam o absurdo das frases e "dicas" colhidas em revistas femininas das décadas de 50 e 60:


Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas". (Essa é boa)
(Jornal das Moças, 1957)

"Se desconfiar da infidelidade do marido,
a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afecto, sem questioná-lo". (ha ha ha)
(Revista Claudia, 1962)

"A desordem em um banheiro desperta no marido
a vontade de ir tomar banho fora de casa". (Hilário)
(Jornal das Moças, 1965)

"A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas,
servindo-lhe uma cerveja bem gelada.
Nada de incomodá-lo com serviços
ou notícias domésticas". (que que é isso, gente?!?!)
(Jornal das Moças, 1959)

"Se o seu marido fuma, não discuta pelo simples facto
de cair cinzas no tapete.

Tenha cinzeiros espalhados por toda casa".
(Jornal das Moças, 1957)

"O noivado longo é um perigo,
mas nunca sugira o matrimônio.
ELE é quem decide - sempre".
(Revista Querida, 1953)

"Sempre que o homem sair com os amigos
e voltar tarde da noite, espere-o linda,
cheirosa e dócil". (É ruim, hein?!?!)
(Jornal das Moças, 1958)

"É fundamental manter sempre
a aparência impecável diante do marido".
(Jornal das Moças, 1957)

"A esposa deve vestir-se depois de casada
com a mesma elegância de solteira,
pois é preciso lembrar-se de que a caça já foi feita,
mas é preciso mantê-la bem presa."
(Jornal das Moças, 1955)

E para finalizar...
"O lugar de mulher é no lar.
O trabalho fora de casa masculiniza".
(Revista Querida, 1955)

Um comentário:

  1. ...Queridos do blog, discordo que o email seja classificado como "inescrupuloso".
    Ele retrata uma época. Simples assim. Que bom que tantas coisas mudaram, e muito disso ficou prá trás, mas ainda há um caminho a percorrer... Nem mulheres, nem homens melhores uns que outros, mas sim companheiros de jornada, cada um com sua singularidade, aprendendo a se respeitarem, e a conviverem com harmonia. Reflitam! Bjs.

    ResponderExcluir